sábado, 17 de maio de 2014

Convite para apresentação do livro - Sonhos de Emigrante – À Janela da Vida


No dia 23 de Maio, sexta-feira, pelas 18 horas, vai decorrer, na Biblioteca Municipal António Ramos Rosa, Faro, a apresentação do livro Sonhos de Emigrante – À Janela da Vida, vol. II do espólio do poeta Clementino Domingos Baeta. Edição da APEOralidade, a obra traz a apresentação crítica do investigador da oralidade J. Ruivinho Brazão e é prefaciada por João David Pinto-Correia, José Victor Adragão, Maria Aliete Galhoz e António de Abreu Freire.

Clementino Baeta nasce em São Lourenço de Almancil (25 de Janeiro de 1913). Cresce num contexto de sensibilidade à música, à dança, ao canto, à poesia. Pela mão do pai e do avô, ambos com veia poética, aos 6 anos de idade, já escuta A. Aleixo, nas tertúlias da Bordeira (Santa Bárbara de Nexe). Aos 11 anos, já se atreve a aparecer com um poema que lhe merece o aplauso de Mestre Aleixo: e este, em sua fraca voz, vai depois procurar o pequeno adolescente como apoio para cantar, sobretudo nas feiras de Almancil e Loulé e antevê, com palavras proféticas, o futuro poético do discípulo. 

Trabalha na agricultura ao lado do pai e é limpador de árvores na Quinta do Lago. Envolve-se, muito ativo, nos palcos das sociedades recreativas da Região, onde se releva na poesia, no canto, no teatro, no fado. Quando aos 50 anos Aleixo se apaga, tem ele 28 anos de idade: são 22 anos de contacto não indiferentes para a sua sensibilidade poética.

Parte para Venezuela aos 34 anos (7. maio.1955) e vem a regressar aos 59 (9. Nov.1980): uma odisseia de 25 anos de ausência. E é então que o surpreende o investigador da oralidade. O poeta retoma o convívio com os amigos e reassume com alegria o seu lugar nas tertúlias poéticas: e o professor tem o privilégio de o acompanhar durante 8 anos. Aos 27.fev.1988, estando preparado para edição o vol. I, a morte surpreende-o, vindo gorar-lhe a expetativa que trazia de viver ainda os melhores dias da sua vida. O nosso aedo deixa um espólio que, no contexto da expressão popular, é digno de atenção.

A apresentação da obra cabe ao Dr. José Vítor Adragão e ao Professor Doutor João Minhoto da Universidade do Algarve.

Gostaríamos muito de poder contar com a sua presença.

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