terça-feira, 24 de março de 2015

As Linquintinas Tradicionais em livro aberto pela APEOralidade, na Biblioteca Sophia de Mello Breyner Andersen


           A Biblioteca Sophia de Mello Breyner Andresen, templo de cultura, abriu-se, na noite de 19 de março de 2015, às 21 horas, como palco do Património Imaterial, através das Linquintinas, na apresentação do livro Estão Vivas as Linquintinas Tradicionais em Portugal. 



     Abriram a sessão as Nagragadas, com três cantares  da sua graça. No decorrer da sessão,  a intervenção da Almerinda (Paderne) e da Leonor (Boliqueime) deixou bem em evidência a proximidade e a diferença da criatividade estético-linguística do imaginário das duas comunidades. Laura Brás declamou duas lengalengas. 



        
  



     Presidiu à mesa a Prof.ª Doutora Alexandra, Diretora de Cultura Regional: numa reflexão sobre as Lengalengas e os Trava-línguas, salientou a noção e a importância destes enunciados na prática pedagógica, e daí o seu apoio na ação de pesquisa da oralidade regional. 






    O Professor P. Ferré e Vice-reitor da UAlg concentrou toda a atenção dos presentes, numa comunicação muito simples, fluente e próxima, como é de seu estilo, ao mesmo tempo que inovadora e profunda. Não lhe escapou relevar a ligação das Linquintinas, que hoje vivem na mente e no coração de alguns, com a prática que vem da I.M. e do séc. XVI em Gil Vicente.

    
         O Presidente da Câmara de Loulé, Dr. Victor Aleixo, posicionando-se discretamente ao fundo da sala, ali atento e bem disposto, como não podia deixar de ser por natureza da própria temática e logo ao lado de Carlos Albino, viria a encerrar o evento com palavras de reconhecimento e muito estímulo. Aí, Carlos Albino interveio a enaltecer, com palavras de claro apoio ao trabalho desenvolvido pelo autor e pela Associação no domínio da oralidade: e ao testemunho do elevado talento não podia faltar o bom humor, que sempre o caracteriza, a animar a casa cheia. 
       
          O autor e Presidente da Direção, rompendo as regras correntes, começou por agradecer à assistência.  E, logo, aos Municípios de Loulé e Albufeira, nos quais a oraldidade sempre encontrou apoio. Agradeceu à DRCAlg, na pessoa de Alexandra Gonçalves, e a P.  Ferré.   

    J. Ruivinho Brazão, visivelmente satisfeito com o decorrer do evento, salientou a presença de Dra. Dália Paulo, Delegada Emérita da DRCAlg, sempre sensível à cultura da oraldiade. E mencionou, entre outros, o Presidente da Assembleia, Dr. João Carlos Correia, e a Direção da APEOralidade.     

       Rita Moreira conduziu as intervenções com a sapiência que o público bem conhece. Guida Jordão, que se esmerou na preparação do evento, acompanhou-nos interessadamente atenta: nem faltou um marcador com duas lengalengas, Dona Ana (Albufeira) e Dona Anica (Loulé).                                                                 





     Um pormenor do grupo Nagragadas 
 Esmeralda Brazão, Maria de Jesus Coelho Aço e sua irmã, Dulcelina (da esquerda para a direita).

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