sexta-feira, 21 de novembro de 2014

CONVITE da APEOralidade PARA APRESENTAÇÃO DE LIVRO


Vai decorrer na Biblioteca Lídia Jorge, no dia 04 de dezembro de 2014, quinta-feira, pelas 17H, a apresentação do livro Estão Vivas as Linquintinas Tradicionais em Portugal – Palavra, prazer e jogo na boca do nosso povo, Edição da APEOralidade, Albufeira, que tem por autor o Professor Investigador da Oralidade J. Ruivinho Brazão.

A obra enquadra-se na ação de pesquisa do Património Imaterial que tem sido levada a efeito pela APEOralidade na Região do Algarve. Com 224 páginas, contém mais de 1100 lengalengas e trava-línguas: aos dados recolhidos em Paderne (partes I e II) juntam-se, não sem alguma visão contrastiva, enunciados de outras comunidades, como as de Albufeira e Loulé (Parte III).



A ilustração do livro teve a orientação da Professora Doutora Joana Lessa no âmbito da Unidade Curricular “Design de Comunicação III”: resulta da colaboração do Curso de Design de Comunicação da Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve com a APEOralidade, iniciativa a que se associou a FNAC Algarve que premiou o aluno em destaque na ilustração da obra.

Participam no evento as Professoras Doutoras Alexandra Gonçalves da Direção de Cultura do Algarve e a Joana Lessa. Ilustram o evento Nagragadas de Paderne e Boliqueime.

A apresentação da obra cabe ao Professor Doutor Père Ferré, Vice-Reitor da UAlg. 


A Direção da APEOralidade convida a participar no evento. 
E agradece que confirme a sua presença. 





segunda-feira, 22 de setembro de 2014

FELIZES ACASOS

INFORMAÇÃO BREVE SOBRE A APEORALIDADE E MOÇAS NAGRAGADAS

Desci de Lisboa, em 1994, no desejo de apurar em que medida sobreviviam os provérbios que encontrara estreitamente aliados à nossa poesia nascente dos m. do séc. XIII. Constituída uma equipa de investigação – Dulcelina Coelho, Solange Castro e Brito, Isabel Lima –, fixamo-nos nos dois microcampos de Boliqueime e Paderne, ponto de partida para a pesquisa e estudo da oralidade em visão contrastiva.

Ali tão perto das minhas origens, surpreendiam-me a multiforme riqueza e diversidade dos enunciados que subsistiam na oralidade do barrocal da região do Algarve: lengalengas e travalínguas, adivinhas e despiques, quadras, cantares, romances..., entrelaçavam-se-me espontâneos nos provérbios, ultrapassando toda a expetativa: e aparece, em 2002, a APEOralidade a consolidar o trabalho de investigação com publicações bibliográficas e fonográficas e a promover a sensibilização e divulgação do Património Imaterial, felizmente preservado na oralidade da comunidade regional.

De repente, eis que trocara a pedagogia de aula pela pedagogia de campo. Algumas entre as melhores informantes, como a Almerinda e a Donzelica e a Leonor, deixam-se envolver, ao meu lado, dinâmicas e eficazes no trabalho de pesquisa e, por vontade própria, aceitam constituir-se em grupo de cantares: chamei-lhes Moças Nagragadas. Envergando livre trajo domingueiro e, por amável concessão da sociedade dos anos 30 (séc. XX), a saia um palmo acima dos tornozelos, integram-se desde 2003 na APEOralidade: de muito longe, do país e do estrangeiro procuradas, elas aí estão. Coordenadas por Nelson Conceição, constituem estímulo e credibilidade no esforço do investigador.

A este feliz acaso das minhas Nagragadas um outro sobreveio: o da envolvência na divulgação dos dados, na sensibilização da comunidade, na Pedagogia da Oralidade: em 2012, mercê de protocolo coma DREAlg, numa ação que envolve as Nagragadas, o Património Imaterial, recolhido na oralidade dos Concelhos de Albufeira e Loulé chega às bibliotecas escolares de toda a Região do Algarve e confirma-se a escola como destino primeiro e natural da fina cultura da nossa raiz comunitária, que ainda persiste no coração e na mente de alguns a quem muito urge ouvir.

J. RUIVINHO BRAZÃO 




  email: apeoralidade@gmail.com; Telemóvel: 961040483; Telefone: 289542992  

sábado, 6 de setembro de 2014

APEOralidade - Festas do Pescador



As filhós da avó e o café tradicional fizeram a delícia do público, nas Festas do Pescador (5, 6 e 7 de setembro, 2014) onde as mãos da Ana Cristina e da Esmeralda Brazão, da Rosinha e da Elsa trabalharam sem parar. 



É o carinho da Vivi no atendimento do público. 



Pela taberninha das filhós, nem faltaram poetas, sensíveis ao Património Imaterial, como Nelson Moniz: e o público deliciou-se também com as lengalengas e os provérbios e os trava-línguas, recolhidos na comunidade de Paderne. 



Aqui, o poeta Manuel Ribeiro, aquele que, vindo de longe, passa e vê e recria coisas e rostos desta Albufeira. Com ele a escritora Rosa Maria e o seu marido, vindos de Coimbra. 

sábado, 17 de maio de 2014

Convite para apresentação do livro - Sonhos de Emigrante – À Janela da Vida


No dia 23 de Maio, sexta-feira, pelas 18 horas, vai decorrer, na Biblioteca Municipal António Ramos Rosa, Faro, a apresentação do livro Sonhos de Emigrante – À Janela da Vida, vol. II do espólio do poeta Clementino Domingos Baeta. Edição da APEOralidade, a obra traz a apresentação crítica do investigador da oralidade J. Ruivinho Brazão e é prefaciada por João David Pinto-Correia, José Victor Adragão, Maria Aliete Galhoz e António de Abreu Freire.

Clementino Baeta nasce em São Lourenço de Almancil (25 de Janeiro de 1913). Cresce num contexto de sensibilidade à música, à dança, ao canto, à poesia. Pela mão do pai e do avô, ambos com veia poética, aos 6 anos de idade, já escuta A. Aleixo, nas tertúlias da Bordeira (Santa Bárbara de Nexe). Aos 11 anos, já se atreve a aparecer com um poema que lhe merece o aplauso de Mestre Aleixo: e este, em sua fraca voz, vai depois procurar o pequeno adolescente como apoio para cantar, sobretudo nas feiras de Almancil e Loulé e antevê, com palavras proféticas, o futuro poético do discípulo. 

Trabalha na agricultura ao lado do pai e é limpador de árvores na Quinta do Lago. Envolve-se, muito ativo, nos palcos das sociedades recreativas da Região, onde se releva na poesia, no canto, no teatro, no fado. Quando aos 50 anos Aleixo se apaga, tem ele 28 anos de idade: são 22 anos de contacto não indiferentes para a sua sensibilidade poética.

Parte para Venezuela aos 34 anos (7. maio.1955) e vem a regressar aos 59 (9. Nov.1980): uma odisseia de 25 anos de ausência. E é então que o surpreende o investigador da oralidade. O poeta retoma o convívio com os amigos e reassume com alegria o seu lugar nas tertúlias poéticas: e o professor tem o privilégio de o acompanhar durante 8 anos. Aos 27.fev.1988, estando preparado para edição o vol. I, a morte surpreende-o, vindo gorar-lhe a expetativa que trazia de viver ainda os melhores dias da sua vida. O nosso aedo deixa um espólio que, no contexto da expressão popular, é digno de atenção.

A apresentação da obra cabe ao Dr. José Vítor Adragão e ao Professor Doutor João Minhoto da Universidade do Algarve.

Gostaríamos muito de poder contar com a sua presença.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Livro a adquirir na APEOralidade Lengalengas e Trava-línguas recolhidos em Paderne (Albufeira),


Livro a adquirir na APEOralidade 
Lengalengas e Trava-línguas recolhidos em Paderne (Albufeira),
envolvendo testemunhos de Loulé e outras comunidades




Estão Vivas as Linquintinas Tradicionais em Portugal
Palavra, prazer e jogo na boca do povo

Estão Vivas as Linquintinas Tradicionais em Portugal, com o subtítulo Palavra, prazer e jogo na boca do nosso povo, é a primeira de duas publicações de caráter lúdico anunciadas pela Associação de Pesquisa e Estudo da Oralidade, Albufeira: a segunda sairá com o título de Estão Vivas as Adivinhas Tradicionais em Portugal. Com 224 páginas, a publicação oferece-nos mais de 1100 lengalengas e trava-línguas, recolhidos em Paderne (Partes I e II) a que se acrescentam, em visão contrastiva, enunciados de outras comunidades (Parte III). A publicação enquadra-se na ação de pesquisa do Património Imaterial que, depois de em 1994 assentar nos dois micro-campos de Paderne e Boliqueime, veio a dar origem à APEOralidade.
Surpreende-nos na publicação, depois do Índice Geral, uma dedicatória a duas das “Moças Nagragadas”: Almerinda Coelho e Donzelica Rosendo, informantes que se evidenciaram na recolha das linquintinas. Segue-se um prefácio breve de Maria Isabel Mendonça Gomes, cuja dignidade o público bem conhece pelo destaque da docente, da formadora e da autora no domínio da Educação de Infância. Assinala, a seguir, a Professora Doutora Joana Lessa a intervenção da Universidade na ilustração da obra, que decorreu sob sua orientação no âmbito da Unidade Curricular “Design de Comunicação III”, conforme projeto de colaboração que envolveu o Curso de Design de Comunicação da Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve e a APEOralidade, iniciativa a que se associou a FNAC Algarve premiando o aluno em destaque na ilustração.
Na Introdução Crítica, p. 15 a 36, o autor e investigador da oralidade dá-nos conta de como, na procura dos provérbios, vieram inesperadas ao seu encontro as linquintinas. Aponta as estratégias que conduziram à recolha das mesmas. Adentro do género lúdico, onde inclui as adivinhas, empenha-se, particularmente, na análise da linquintina – enunciados que fluem espontâneos, graciosos e apetecíveis de ouvir e dizer, rápidos e transparentes como água que sai da fonte - e atreve-se à noção distintiva das duas espécies: lengalenga e trava-língua. Explicita e justifica os critérios de procedimento que tomou na ordenação do corpus da obra que dispõe em três partes: a primeira, constituída pelas lengalengas, distribuídas por oito vertentes; a segunda, constituída pelos trava-línguas; a terceira reúne testemunhos colhidos noutras comunidades, nomeadamente, Albufeira, Loulé e São Brás. Enumeram-se objetivos; explicitam-se critérios de transcrição gráfica; esclarecem-se as siglas e as abreviaturas utilizadas.

Notas esclarecedoras percorrem e acompanham, em todo o percurso, o corpus das linquintinas. Do gesto solidário, em que Cultura e Universidade se dão as mãos e esta desce ao terreno com  saberes especializados, resulta uma singular harmonia da sensibilidade artística pictórica e da criatividade do imaginário artístico linguístico: e esta ilustração constitui para o leitor o primeiro atrativo da publicação, cuja leitura a seguir o confirma. 

sábado, 22 de março de 2014

Corpos Sociais para o biénio 2013-14



 MESA DA ASSEMBLEIA GERAL 



           Presidente                        João Carlos Dias Gomes Correia, Dr. 
           Primeiro Secretário        Ana de Lourdes T. Zurrepa Frade, D.ra 
           Segundo Secretário         Antonio Alberto Coelho   





DIREÇÃO 


         Presidente                        José Ruivinho Brazão, Dr.  
         Vice-Presidente                Carlos Alberto Antunes Fernandes, Dr. 
         Vice-Presidente                Aurélia M. Grosso Guerreiro Fernandes, D.ra 
         Secretária                         Ana Margarida Gonçalves Farinheira, D.ra 
         Vogal                                 Paulo Jorge Rodrigues Gonçalves, Dr. 
         Vogal                                 Esmeralda M. R. Alho R. Brazão, Prof.ª 
         Tesoureira                         Carita Vieira da Ponte, Dra.    
                                        



CONSELHO FISCAL 


          Presidente                             José Manuel Duarte Neves 
          Vogal                                     José Manuel Coelho Farinheira 
          Vogal                                     Maria de Lourdes Bernardes